Distrofia Muscular Fácio-Escápulo-Umeral
SOBRE
A Distrofia Fácio-Escápulo-Umeral (FSHD), é uma forma de distrofia que acomete principalmente determinados grupos musculares. O termo é composto por 3 palavras de origem latina e designa um processo degenerativo primário nos músculos da face, ombros e membros superiores, muito embora outros músculos podem estar envolvidos, como os das pernas.
O gene responsável pela quase totalidade dos casos de FSHD (tipo 1A) está localizado no cromossomo 4 (região 4q35), onde encontramos deleção em fragmentos polimórficos no gene FRG1.
Todas as formas de FSHD têm herança autossômica dominante. Portanto, um indivíduo afetado tem 50% de chances de transmitir o gene defeituoso a seus descendentes. A expressividade do gene, no entanto, é variável, levando a diferentes graus de severidade dentro de uma mesma família.
A FSHD pode ser subdividida quanto à sua idade de início nas formas adulta e infantil. A forma adulta, que inclui o início na adolescência, é muito mais comum. Na forma infantil, de incidência rara, geralmente pode-se ter um curso mais grave, porém o motivo desta gravidade não está determinado. Há maior fraqueza muscular e, às vezes, com comprometimento de visão (doença de Coats e telangiectasias na retina) e audição (perda de audição neurosensorial bilateral nas frequências altas); convulsões têm sido documentadas em FSHDI.
As manifestações sintomáticas são muito variáveis. Muitos pacientes podem ter comprometimento mínimo, com capacidade para uma vida normal. Cerca de 20% necessitam cadeira de rodas com a evolução da doença, em idades mais avançadas. Não há ainda justificativa para esta heterogeneidade de comprometimento. Nesta forma de distrofia ocorre o fenômeno de antecipação: manifestação mais precoce e grave ao longo das gerações.
Diagnóstico
Diagnóstico é feito pelos achados clínicos e presença de mutação no gene DUX4.
Tratamento
Tratamento com equipe multidisciplinar, com fisioterapia motora. Habitualmente não há envolvimento respiratório.